ESMAVC Radio Station – 3 Compositores de Cinema: Parte 2 - Jerry Goldsmith / 3 …

ESMAVC Radio Station – 3 Compositores de Cinema: Parte 2 - Jerry Goldsmith

intolerance

Jerry Goldsmith nasceu a 10 de Fevereiro de 1929, em Pasadena, Califórnia, crescendo em Los Angeles. Jerry Goldsmith era filho de Tessa e Morris Goldsmith. Tessa foi uma artista e Morris um engenheiro de estruturas. Jerry Goldsmith originalmente pretendia tornar-se um compositor de sala de concerto, mas logo percebeu que a raridade das encomendas para salas de concerto nunca iria satisfazer a sua fome para escrever música. Jerry Goldsmith começou a estudar piano com a idade de 6 anos e quando tinha 14 foi estudar composição, teoria e contraponto com Jacob Gimpel e Mario Castelnuovo-Tedesco. Familiarizou-se com o lendário compositor Miklos Rosza e assistiu às suas aulas de composição musical para cinema na Universidade de Southern California. Goldsmith foi cativado em 1945 pela partitura do filme «Spellbound» de Alfred hitchcock e a protagonista Ingrid Bergman. Goldsmith recordou mais tarde como ele brincou sobre planear casar com Ingrid Bergman e ter uma carreira a escrever música para filmes. Dizendo que um dos dois não foi uma má escolha. Em 1950, Goldsmith foi empregado como escriturário dactilógrafo no departamento de música da CBS. Lá, recebeu os seus primeiros trabalhos como compositor para programas de rádio ao vivo tais como Romance e CBS Radio Workshop, progredindo para espectáculos de televisão ao vivo como Clímax e Playhouse 90. Ficou na CBS até 1960, tendo já feito partituras a série de ficção científica The Twilight Zone. Em seguida, foi contratado pelos Revue Studios para realizar partituras para séries de suspense e tensão, um trabalho apreciado que originou mais encomendas de Televisão, entre as quais o tema principal da série Dr Kildare. Goldsmith também escreveu o tema memorável e muitas partituras para episódio para a série «The Man From U.N.C.L.E.» A sua primeira banda sonora para cinema foi feita em 1957 para o pouco conhecido western «Black Patch» realizado por Allen H. Miner. Em 1962, Goldsmith recebeu a sua primeira nomeação para o Óscar pela sua partitura para o filme biográfico sobre Freud intitulado «Freud: The Secret Passion» e realizado por John Houston. Ao mesmo tempo, conheceu e familiarizou-se com o influente compositor Alfred Newman. Newman, reconhecendo os talentos de Goldsmith, influenciou a Universal para o contratar para fazer partitura para o western com Kirk Douglas «Lonely Are The Brave» realizado por David Miller em 1963. Depois, Goldsmith estabeleceu-se como um compositor de contrato para a 20th Century Fox, rapidamente redefinindo a partitura para banda sonora cinematográfica. Junto com o seu amigo Alex North, Goldsmith destacou-se no panorama musical para cinema e, no início da década de 1970, o compositor já havia escrito um número de partituras de referência que cimentou a sua posição e a sua reputação. Estes incluíam títulos como «Lilies Of The Field», realizado por Ralph Nelson em 1963, «A Patch Of Blue», realizado por Guy Green em 1965, «The Sand Pebbles», realizado por Robert Wise em 1966, The Blue Max», realizado por John Guillermin em 1966, «The Planet Of The Apes», realizado por Franklin J. Schaffner em 1968 e «Patton», realizado por Franklin J. Schaffner em 1970. No começo dos anos 70, assinou contratos para o grande ecrã, para telefilmes e para séries de televisão. Para esta última compôs música para séries como «QB VII», «The Waltons», «Barnaby Jones», «Police Story», ou «Hawkins». Para o cinema destacamos «Rio Lobo», realizado por «The Last Run» em 1971 «Escape from the Planet of the Apes», realizado por Don Taylor em 1971, «Papillon», realizado por Franklin J. Schaffner em 1973, «Chinatown», realizado por Roman Polanski em 1974, «The Wind And The Lion», realizado por John Milius em 1975, «Logan's Run», realizado por Michael Anderson em 1976, «The Cassandra Crossing», realizado por George Pan Cosmatos em 1976, «Coma», realizado por Michael Crichton em 1978, «Capricorn One», realizado por Peter Hyams em 1978, «The Boys from Brazil», realizado por Franklin J. Schaffner em 1978 ou «Alien», realizado por Ridley Scott em 1979. A segunda metade da década de 70 trouxe-lhe o seu único Óscar com o filme «The Omen», realizado por Richard Donner em 1976. Uma banda sonora fascinante, fundamental para a atmosfera e poder dramático do filme. O trabalho de Goldsmith provou ser uma revelação e permanece até hoje como um dos grandes momentos da música para cinema, com uma dramática mistura de coros arrepiante e momentos de grande beleza, transmitindo o horror de uma família dilacerada por um mal invisível. A década terminou com uma série de partituras muito populares do compositor: «The Swarm» realizado por Irwin Allen em 1978, «The Great Train Robbery», realizado por Michael Crichton em 1978 e o já referido clássico da ficção científica «Alien». Considerada por muitos como o seu melhor trabalho é a banda sonora de «Star Trek: The Motion Picture», realizado por Robert Wise em 1978, uma sequela para grande ecrã da série de televisão, para a qual criou um novo tema. Em 1995, Goldsmith compôs um novo tema para a série de ficção científica de televisão «Star Trek Voyager». Curiosamente, a associação do compositor com «Star Trek» terá começado mais cedo. Em entrevista, Goldsmith revelou que tinha sido abordado por “Gene” Roddenberry na década de sessenta para escrever o tema da série de TV original mas, devido aos seus compromissos, não foi capaz de fazê-lo. No início da década de 80, Goldsmith fez uma pausa na sua agitada agenda de partituras, elaborando apenas duas. Entre elas estava a que se destinava à mini-série de televisão intitulada «Masada» para a qual compositor escreveu as partituras das primeiras quatro horas e o tema principal, vindo com este trabalho a receber outro Emmy para o compositor. As restantes quatro horas foram da responsabilidade do seu amigo e colega compositor Morton Stevens. Goldsmith completou também a triologia «The Omen» com uma surpreendente inspiração no terceiro filme «The Final Conflict», realizado por Graham Baker em 1981. Muitos admitem ser superior à primeira banda sonora. A habilidade musical de camaleão serviu bem Goldsmith ao longo da sua carreira. Em décadas anteriores trouxera mudanças dramáticas no estilo e, nos anos 80, desenvolveu com novas dimensões e subtilezas o seu trabalho musical. De salientar «First Blood» realizado por Ted Kotcheff em 1981 e os subsequentes «Rambo First Blood Part II» de 1985 e «Rambo III» de 1988. Compôs a música para o filme de desenho animado «The Secret of NIMH», realizado por Don Bluth em 1982. Recebeu aclamações por «Under Fire», realizado por Roger Spottiswoode em 1981, «Poltergeist», realizado por Tobe Hooper em 1982 e produzido por Steven Spielberg e pelo triunfo orquestral e electrónico para o drama desportivo «Hoosiers», realizado por David Anspaugh em 1986. Ainda nos anos 80 meados compôs para o género comédia e aventura assinando contratos com Joe Dante nos quais se incluiu o sucesso de bilheteira «Gremlins» de 1984 e sequela de 1990. Nesta década acentuou a utilização da música electrónica que começou na década de 60 com o filme «Freud». Em 1985, o filme «Runaway» de Michael Crichton teve uma banda sonora integralmente electrónica, seguindo-lhe e uma partitura não utilizada para «Alien Nation», realizado por Graham Baker em 1988 e «Criminal Law», realizado por Martin Campbell em 1989. Na década de 90 Goldsmith finalmente fundiu orquestra com música electrónica adequadamente e foi um dos poucos compositores mais idosos a cultivar a tecnologia sem trair o mundo tradicional de orquestra. A década começou para ele com «Total Recall», realizado por Paul Verhoeven, salientando ainda, entre outros títulos, «Russia House», realizado por Fred Schepisi em 1990, «Basic Instinct», realizado por Paul Verhoeven em 1992, «Air Force One», realizado por Andrew W. Marlowe em 1997 ou « LA Confidential», realizado por Curtis Hanson em 1997. Jerry Goldsmith começou o milénio com uma nova colaboração com o realizador Holandês Paul Verhoeven no Verão de 2000 com o thriller de ficção científica «Hollow Man» onde a amizade existente entre Goldsmith e o realizador originou uma partitura enorme e complexa. Seguro e experiente Goldsmith conti